sábado, 20 de novembro de 2010

Águas Turvas

Entrementes, sorrio, inultilmente,
Cada vez que morro.
Eu, rio, nesse incansável desaguar.
Rio a chorar
Noites que dormem uma eternidade para partir
Escuro, frio
Corrida do vazio ao lamaçal.
Ela, essa, peça, dançando o balé do ego
Berra e esmurra furiosamente,
Entre santos indecentes
Suas mãos ensanguentadas
O que sobrevive a esse bicho
Que chora violência entre abraços, carícias e cuidados?
Ar(repentinamente), escrevo esses versos
Pobres e afogo meu orgulho
Nesse mar de papéis, peles, e pólos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário